Ha que estender as mãos
para
os náufragos
enlouquecidos
sem
música na alma
a
bailarem na loucura
das
madrugadas disformes
das
manhãs erradias
sem
tardes estivais
como
crianças sozinhas
ou
barcos sem rumo
como
vela que se apaga
lentamente
Há
que estender as mãos
para
os náufragos
da
sorte de uma última primavera
das
pétalas que se desfizerem
em
penumbra
sem
reclamarem.
Há
que estender as mãos
para
que não haja náufragos.
Alvina Nunes Tzovenos
de 'Palavras ao tempo'
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