Dize da vaga incerta
a bailar sem ausências
sobre teu navio incerto
branco de ausências e canções.
Dize das ruas desertas
de tua canção angústia
desse desejo de regressos
desse choro em tuas varandas . . .
Dize da esperança que não espera
quando teu universo é paz
da noite que não desespera
quando a chuva faz compassos
dentro d’alma.
Dize de ti, do tudo
e do mundo, sem submundo
quando raízes exalam aromas
e quando as flores não morrem.
Alvina Nunes Tzovenos
Palavras ao Tempo
terça-feira, 19 de novembro de 2013
terça-feira, 5 de novembro de 2013
''DESTINOS''
E as naves partiram
levando rumos desiguais.
Era noite
e os barcos não vinham.
Havia um regresso de vozes
e um peso de solidão grunhindo no ar.
A manhã custava a se fazer
era um parto demorado
com manchas douradas
que anunciavam um novo ser.
Os campos choravam de bênçãos
e, o ar doce, feria de odores
as narinas da manhã já desperta.
Ouvia-se a vida
no amor das flores, no sabor das cores e no odor
das horas que se assenhoreavam.
. . . éramos nós que amanhecíamos
. . . éramos nós que amávamos
amávamos o amor da Vida!
Alvina Nunes Tzovenos
In: Palavras ao Tempo
[Arte de Christian Schloe]
levando rumos desiguais.
Era noite
e os barcos não vinham.
Havia um regresso de vozes
e um peso de solidão grunhindo no ar.
A manhã custava a se fazer
era um parto demorado
com manchas douradas
que anunciavam um novo ser.
Os campos choravam de bênçãos
e, o ar doce, feria de odores
as narinas da manhã já desperta.
Ouvia-se a vida
no amor das flores, no sabor das cores e no odor
das horas que se assenhoreavam.
. . . éramos nós que amanhecíamos
. . . éramos nós que amávamos
amávamos o amor da Vida!
Alvina Nunes Tzovenos
In: Palavras ao Tempo
[Arte de Christian Schloe]
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