Já
não me importa que lá fora
o
sol em desbaratada corrida
perdeu-se
ou esqueceu-se de mim.
Já
não me importa que lá fora
todos
os mortos sejam esquecidos
ou
que meus ouvidos não ouçam preces.
Já
não me importa que lá fora
as
calçadas e as crianças que brincam nelas
não
vejam o barulho do vento nas folhas de outono
já
tão amarelecidas . . .
não
me importa.
Só
me importa que todos os vendavais
me
sejam constantes como sinos de igrejas
nas
horas graves.
discretos
sem
deixar marcas de sangue ou
como
ave que desprende seu primeiro vôo.
Alvina Nunes Tzovenos
in Palavras ao tempo.
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