terça-feira, 2 de julho de 2013

''A DIVAGAR''



           

Céus incertos, turbulentos

tarde nostálgica

certeza do nada.



Sei de céus macios

sem manhãs errantes

sem vôos carentes

sem decisões disformes.



Creio estar e ser só

entre falsos duendes

disfarçando cores mascaradas.



Sei do longe

onde urzes são adornos

como ciprestes entre alamedas

mudas e frias.



Sou ave desolada

entre linhas desiguais

ao traçar estrelas cálidas.



Imaginação vestindo pureza

entro na imortalidade

coberta de pétalas roxas.



E nos vales

as canções chegam tão tarde ...

nem os meus pobres rios

conseguem cantá-las.



Alvina Nunes Tzovenos

in Palavras ao Tempo




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