Dentro
de todos nós
há
uma casa vazia
escura
ou clara
translúcida
de vida e morte
cheirando
memórias de tempo.
Dentro
de todos nós
há
uma casa vazia . . .
de
pranto e de paz e de luz
de
risos e de tardes plenas de azul.
Dentro
de todos nós
há
uma casa vazia . . .
quando
os braços da noite
dizem
das coisas vividas e
falam
com olhos de menino travesso
como
se caracóis e caretas de palhaço
enfeitassem
nossos desenganos.
Dentre
de todos nós
há
sempre uma casa vazia . . .
de Palavras ao Tempo
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