terei
saudade
da
manhã em discordância
da
flor delirante
e
da nudez da nuvem.
terei
saudade
da
claridade do outono
em
esplendor que se despede.
terei
saudade
da
surpresa da flor singela
com
passo choroso
a
bater em minha alma
como
pingo d’água.
terei
saudade
da
maciez da noite quieta e morna
com
sede de lua falante.
terei
saudade
de
meu pensamento sonâmbulo
saudade
do irreal.
Alvina
Nunes Tzovenos
Palavras
ao Tempo
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