quando
a ferrugem dos dias iguais
a sarjeta das dores
o nublado dos céus incoerentes
o sal dos amargos silêncios
a fome e a sede e a angústia
de sentir paz
descolorindo suas vestes
derramarem em planícies fiéis
o mel dos espelhos precisos
com suas cores de exatidão imortal
sem pressa de fugas
sem abandonos de alcovas
sementes de sangue novo
agitarão bandeiras ao vento.
Alvina Nunes Tzovenos
In: Palavras ao Tempo
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