domingo, 1 de setembro de 2013
''LABIRINTO''
. . . nesse emaranhado de asas partidas
sente-se a dor dos afogados
um quebrar-se de ossos frágeis
e um estalido de cristal partido.
. . . entre névoas de solidões
pressente-se o beijo das coisas mortas
o nunca regresso de um anjo que se exilou
quando a hora gemia em dores
no seu crepúsculo cismarento.
. . . as cores se confundem como confetes
de um carnaval sem música
os adeuses perdem sua expressão
os loucos adquirem sensatez
(a sensatez das coisas banais).
No labirinto da vida
encontro o carrossel de todas as vidas.
Alvina Nunes Tzovenos
In: Palavras ao Tempo
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