terça-feira, 13 de agosto de 2013

''NUM GRITO DE REVOLTA''



Há uma erupção de mistérios
dentro da natureza.
Se faz áspera ou sutil
agrega-se ou se torna estéril
ou sem veias
ou vestindo reinados.

Oh, contradições!
dói na carne, nos ossos 
a realidade do imaturo
do fruto precoce
da noite que despertou
aos gritos, raivosa
com a manhã tão graciosa.

Odeio o verbo
na condição do ser imperfeito
da majestade do que é o nada
e do lodo
a não vestir-se de estrelas.

Onde está o perfume da violeta?
Onde dormem os deuses apodrecidos?

Alvina Nunes Tzovenos 

Palavras ao Tempo


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